Tendência é que frigoríficos mantenham a pressão de baixa no curto prazo, de acordo com a Safras & Mercado
O mercado físico de boi gordo registrou preços mais baixos na maioria das regiões de produção e comercialização nesta segunda-feira. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a tendência é que os frigoríficos mantenham a pressão de baixa no curto prazo, em linha com a posição de grande conforto em suas escalas de abate, posicionadas acima de sete dias úteis em alguns casos.
“A incidência de animais a termo, além da utilização de confinamento
próprio, tornou a posição ainda mais confortável entre os frigoríficos de
maior porte”, disse Iglesias.
Por outro lado, as exportações de carne bovina seguem em ótimo nível, com expectativa grande para um novo recorde mensal em agosto. “O Brasil segue ganhando mercado, principalmente junto aos importadores chineses. As decisões políticas da Argentina, somado aos problemas de rebanho da Austrália colocaram o Brasil em uma posição privilegiada no fornecimento de carne bovina em escala mundial”, apontou Iglesias.
Com isso, em São Paulo, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 311 na modalidade à prazo, ante R$ 311 na sexta-feira. Em Goiânia
(GO), a arroba teve preço de R$ 298, ante R$ 299 a R$ 300. Em
Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 311 a R$ 312, ante R$
312. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 303, contra R$ 304. Em
Uberaba (MG), preços a R$ 309 a arroba, estáveis.
Atacado
A carne bovina voltou a apresentar preços mais baixos no mercado
atacadista. Conforme Iglesias, a lenta reposição entre atacado e varejo no
período que antecede a virada de mês justifica a queda das indicações.
“A expectativa é que seja evidenciada alguma reação dos preços com a entrada dos salários na economia, motivando a reposição entre atacado e varejo. Mesmo com uma maior propensão a reajustes da carne bovina no atacado é pouco possível que haja espaço para retomada de alta do boi gordo, considerando a posição bastante confortável das escalas de abate”, disse Iglesias.
O quarto dianteiro foi precificado a R$ 16,50, por quilo, queda de R$ 0,40. Ponta de agulha também foi precificada a R$ 16,50, por quilo, queda de R$ 0,40. Quarto traseiro segue precificado a R$ 21,25, por quilo.
Fonte/Foto:Canal Rural/divulgação