Prefeitura anuncia protocolos da segunda fase da retomada das atividades

Os protocolos setoriais da fase dois de retomada das atividades econômicas em Salvador foram resumidamente apresentados hoje (05) pelo prefeito ACM Neto, durante a inauguração de mais um elevado do BRT, na Avenida ACM. Nessa fase, vão poder reabrir academias de ginástica e similares; barbearias, salões de beleza e equivalentes; centros culturais, bibliotecas, museus e galerias de arte; lanchonetes, bares e restaurantes.

“Vamos contemplar, nesse segundo momento da reabertura, 30 mil estabelecimentos comerciais. Esperamos que isso não represente nenhum risco de crescimento do novo coronavírus na cidade. A fase um, que iniciamos no último dia 24, não teve um impacto negativo na rede de saúde, pois estamos regulando cada vez menos pacientes em nossas Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) e não houve estouro do número de casos e nem pressão nos hospitais”, avaliou ACM Neto.  

A fase dois deve ser iniciada até o começo da semana que vem. Isso vai depender da taxa de ocupação de leitos de UTI exclusivos para pacientes com a Covid-19 se manter em até 70% por mais dois dias (ontem, o percentual foi de 68%). “Já acumulamos três dias com a taxa nesse patamar para baixo. Pelo protocolo conjunto que elaboramos com o governo do Estado, restam apenas dois dias. Esperamos que, até o final desta semana, já tenhamos alcançado os critérios para a fase dois”, disse o prefeito. 
 
“Vale frisar, entretanto, conforme anunciei ontem e já conversei com os setores que vão voltar na fase dois, que esse novo momento de reabertura só pode acontecer a partir de segunda (10), para evitar aglomerações em restaurantes no Dia dos Pais”, acrescentou ACM Neto.    

Ele destacou que a Prefeitura segue investindo na ampliação de leitos e aquisição de equipamentos para que a taxa de ocupação nas UTIs caia ainda mais, ampliando o atendimento à saúde para quem precisar. Esta semana, por exemplo, devem chegar a Salvador mais 55 novos respiradores. “Quanto mais folga tivermos nas unidades de saúde, mais segurança temos de que a reabertura se dará sem risco de retrocesso”.
 
Academias – As academias poderão funcionar de segunda a sábado, com horário livre definido por cada estabelecimento, inclusive aquelas localizadas em condomínios. A capacidade será de uma pessoa a cada 6m². Haverá permissão de realização de atividades individuais e coletivas com marcação no solo. O tempo de permanência máximo de cada aluno será de uma hora, com uso obrigatório de máscara em todas as atividades. Para alunos de crossfit e de aulas coletivas, deverá haver afastamento mínimo de mais de 2m entre eles.  

A higienização dos aparelhos, que precisam ter a distância mínima de 1,5m entre eles, precisa ser constante após cada uso, sem compartilhamento. Deverá haver medição de temperatura de funcionários e clientes. O uso de piscina estará proibido. “As regras terão quer ser cumpridas, pois vamos fiscalizar. Exemplo: se a Prefeitura flagrar clientes ou funcionários sem máscaras, haverá interdição. Por isso, as academias devem evitar que esse tipo de situação aconteça orientando alunos e trabalhadores”, disse ACM Neto, informando que a capital baiana possui quase 2,2 mil estabelecimentos do tipo. 

Salões de beleza – Os cerca de seis mil salões de beleza, barbearias e similares da cidade poderão abrir de segunda a sábado, das 10h às 19h, com 30% da capacidade total e medição de temperatura de funcionários e clientes. O intervalo entre um cliente e outro deverá ser de, no mínimo, 15 minutos, para possibilitar a higienização do local. 

O atendimento deverá ser individual e com hora marcada, e acompanhantes só serão permitidos para crianças, idosos e pessoas com deficiência. Continua vedado serviços que necessitem a retirada de máscaras e outros Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) durante o atendimento. 

Bares e restaurantes – Bares, restaurantes, pizzarias, sorveterias e similares, que somam 22 mil estabelecimentos em Salvador, poderão reabrir para atendimento presencial de segunda a domingo, das 12h às 23h. As lanchonetes, por sua vez, poderão reabrir de segunda a domingo, das 7h às 16h. É preciso haver afastamento de dois metros entre as mesas e um metro entre cadeiras de mesas diferentes. 

O máximo de pessoas permitido será de seis por mesa. O uso de máscaras será obrigatório, sendo liberado apenas no momento da refeição. Fica proibida a realização de eventos. O cardápio deverá ser digital ou plastificado e higienizado a cada uso. O serviço de buffet, se houver, deverá contar obrigatoriamente com um funcionário servindo. Rodízios estarão proibidos. O atendimento via delivery e com retirada do balcão poderá seguir sem restrição de horário. 

Museus, galerias e bibliotecas –
 Centros culturais, museus, galerias e bibliotecas poderão reabrir de segunda a sábado, das 10h às 16h, e domingo sem restrição de horário, com capacidade reduzida a 30% do total permitido em cada estabelecimento. Fica proibido o uso de audioguias e visitas guiadas. Obras e exposições interativas não serão permitidas. Exibição de filmes ou vídeos apenas em espaços abertos, com duração máxima de 15 minutos. A venda de ingressos será preferencialmente virtual, com horário agendado para visitantes, inclusive em casos de acesso gratuito. E o circuito de visitação deverá ser em mão única.  

Alimentação em shoppings – 
Além de anunciar os protocolos setoriais da fase dois, o prefeito divulgou também a segunda etapa da retomada de atividades que já reabriram na primeira fase. Estarão liberadas, por exemplo, as praças de alimentação de shoppings e centros comerciais com 50% da ocupação total. As academias, salões de beleza, restaurantes e lanchonetes também poderão reabrir nos shoppings e centros comerciais. Já as obras em imóveis residenciais habitados podem ser ampliadas para quatro funcionários a cada 100m², mediante autorização do condomínio. 

Regras gerais – Além dos protocolos setoriais, com determinações específicas que foram debatidas com os segmentos e acordados com o governo do Estado, todas essas atividades precisam seguir também as regras gerais estabelecidas pelo município para toda a cidade. Confira todas elas clicando em http:// informe. salvador. ba. gov. br/ coronavirus/ decretos/protocolos.

*Entenda o faseamento – Segundo o protocolo geral elaborado pela Prefeitura e governo do Estado, a liberação das atividades econômicas, culturais e religiosas na cidade se dará em fases que estão ligadas ao percentual de ocupação dos leitos de UTI exclusivos para tratar pacientes com a Covid-19 na cidade.

Para que Salvador entrasse na fase um, que começou no último dia 24, a taxa de ocupação dos leitos precisava estar em no máximo 75%, permanecendo assim por cinco dias. Nessa fase, foram reabertos para atendimento presencial shoppings centers e centros comerciais, lojas de rua acima de 200 metros quadrados, templos religiosos e eventos no sistema drive-in, todos com protocolos específicos de funcionamento. 

Para o começo da fase dois, é antes um ciclo de intervalo de 14 dias em relação à fase um. Além disso, é necessário que, durante cinco dias – que podem ser contados inclusive dentro desse ciclo de 14 -, a taxa de ocupação dos leitos fique em no máximo 70%. 

Para ingressar na fase três, a regra é a mesma, só que a taxa de ocupação de leitos exclusivos para tratar pacientes com a Covid-19 deve ser de no máximo 65%. Nesse terceiro momento, poderão reabrir parques de diversões e parques temáticos; teatros, cinemas e demais casas de espetáculos; clubes sociais, recreativos e esportivos; centros de eventos e convenções. 

Outros setores não citados, a exemplo da volta às aulas e a reabertura de praias e equipamentos públicos, não fazem parte do faseamento e terão regras e prazos de retomada específicos que serão divulgados pela Prefeitura, avaliando a evolução do quadro do novo coronavírus na cidade. 

Risco de retrocesso – Para que se configure risco de retrocesso, é preciso que o percentual de ocupação das taxas de UTI para pacientes com a Covid-19 varie cinco pontos percentuais acima do limite de cada etapa do faseamento no ciclo de 14 dias entre as fases. Se isso ocorrer, Prefeitura e governo do Estado se reúnem para avaliar o fechamento de atividades. Exemplo: se, após a liberação da fase dois, o percentual de ocupação das UTIs subir para 75% ou mais no ciclo de 14 dias, permanecendo assim, esse risco se configura.

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