A gestão municipal de Eunápolis acusa a direção local da APLB/Sindicato de cerceamento da participação de diretores e alunos de escolas no Desfile Cívico dos 200 Anos da Independência do Brasil, que ocorre amanhã (7), na Avenida Porto Seguro.
E, após quatro meses de greve dos professores de Eunápolis, a gestão municipal avalia que a “APLB/Sindicato passou de todos os limites”. E informa que paga aos professores R$ 4. 201,00, “um dos maiores salários de professores de rede municipal do Brasil e acima do piso nacional”.
A Prefeitura enumera uma série de prejuízo aos estudantes. Um deles é poder acarretar “um ano perdido” na trajetória escolar dos alunos da rede municipal, após dois anos comprometidos devido à pandemia.
Outro prejuízo, segundo a gestão municipal, é o “pecuniário, na medida em que há a obrigação legal da continuidade da compra da merenda escolar”. Portanto, a Prefeitura afirma que há um grande prejuízo para o erário municipal, “que é pago pelo contribuinte”.
E muitos alunos têm na merenda a sua refeição mais importante do dia. “A greve está tirando dos alunos os necessários minerais, vitaminas, carboidratos, fibras e proteínas e lhes causando deficiência nutricional. Pois está profundamente comprometida a alimentação dos estudantes”, informa a Prefeitura.
Segundo a gestão municipal, há ainda o descumprimento de uma decisão judicial, “pois a juíza local determinou que 50 % dos professores deveriam continuar dando aulas”.
Greve político-partidária
A gestão municipal considera que a greve dos professores é político-partidária. Inclusive, com a criação na cidade da “Casa Vermelha, por parte da presidente em Eunápolis da APLB/Sindicato”.
A análise parte também do princípio de que a “APLB/Sindicato não deflagrou greves em cidades administradas por prefeitos alinhados ao Governo do Estado”, segundo a gestão municipal de Eunápolis .