Prefeitura de Juazeiro encerra programação da Semana Escolar de Combate à violência contra a Mulher

Realizada pela Prefeitura de Juazeiro, através de uma iniciativa do Espaço Humanizar, da Secretaria de Educação e Juventude (Seduc), a Semana Escolar de Combate à violência contra a Mulher, que encerrou sua programação nesta sexta-feira (17), promoveu rodas de diálogos e oficinas sobre prevenção para os diferentes tipos de violência contra a mulher e seus direitos. A Programação foi voltada para os alunos do ensino fundamental II – 8º e 9º anos, para as famílias e para os educadores das quatro escolas da rede municipal: Escolas Anália Barbosa, José Pereira da Silva, Mandacarú e E.M.E.I Maria Helena.

As ações aconteceram em alusão ao mês da Mulher e tiveram como parceiros da rede de proteção, o Centro Integrado de Atendimento à Mulher (CIAM) e a Ronda Maria da Penha, da Polícia Militar (PM), representada pela Ten. PM Tatiane Carvalho, comandante da Operação Ronda Maria da Penha de Juazeiro, que conduziu as palestras durante a semana. 

“Para nós que fazemos parte da Polícia Militar do Estado da Bahia, essa Semana Escolar de Combate à Violência contra a Mulher foi muito importante para agregar e somar forças junto com a Secretaria de Educação, com a comunidade, os pais, os alunos e os funcionários das escolas, para que a gente possa desenvolver a conscientização e a sensibilização de todos” , pontuou a tenente. 

Ainda de acordo com Tatiane Carvalho foi uma satisfação a receptividade do público. “Vê-los atentos, ouvindo o que estava sendo explanado, e colaborando também com as situações que acontecem na vizinhança, no seio familiar. Foi um momento de muita troca e aprendizado para nós. A gente agradece à Polícia Militar, em nome do Cel PM Walter Santos Araújo, comandante do CPRN, agradeço a parceria com a Secretaria de Educação, e me coloco à disposição para estar levando esse conhecimento nas escolas e à comunidade, porque sabemos que precisamos, juntos, lutar e acabar com a violência contra a mulher”, acrescenta a tenente.

A Semana Escolar de Combate à Proteção da Mulher é uma obrigatoriedade que consta na Lei 14.164/2021 – que institui a realização da campanha em março, e traz como objetivo central, difundir o trabalho da Ronda Maria da Penha nas Escolas o ano inteiro. Ela substitui a Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), que institui a inclusão de conteúdo sobre a prevenção de violência contra a mulher nos currículos da educação básica.

Sandra Mara Damásio, técnica e assistente social do Espaço Humanizar, falou da importância dos debates para os alunos, pois é através dessas discussões que os objetivos de estabelecer uma consciência crítica nos jovens serão atingidos. “Eu considero positiva a semana e acredito que plantamos uma sementinha de discussão e diálogo nas famílias, nos alunos, que já conhecem os cinco tipos de violência e juntos vamos conseguir esse combate, essa proteção, para diminuir as estatísticas alarmantes e desconstruir a naturalização da violência, principalmente com os jovens. Os alunos já têm materiais construídos com relação aos temas abordados, que são os produtos dessas oficinas, e eles já conseguem entender e identificar  a diferença de cada violência apresentada nos encontros, que são a violência física, psicológica, moral, patrimonial e sexual. Então, eu posso dizer que Juazeiro é feliz, porque tem esse trabalho prestado”, destaca Sandra.

Ainda em sua fala, a Ten. Tatiane falou da importância das mulheres denunciarem quando sofrerem algum tipo de violência. Para denunciar, basta ligar no 180, ou 190, que a viatura mais próxima à residência fará o atendimento. “É importante eu dizer que as mulheres que denunciarem não vão estar sozinhas. Elas serão acompanhadas, caso queiram, pela Ronda Maria da Penha, para garantir a segurança delas. Muitas têm medo de denunciar por receio do que vai acontecer depois. Mas em Juazeiro temos uma rede de proteção fortalecida com vários equipamentos, instituições que fazem parte dessa rede, e dizer para as mulheres que denunciem, não se calem”, finaliza Tatiane.