O anúncio do projeto de venda do Parque de Exposições da Bahia, feito pelo governador Rui Costa (PT), na última semana, pegou de surpresa o mundo do agronegócio baiano. Muitas foram as críticas, entre o mundo político e, como não poderia ser diferente, de produtores e empresários ligados ao agro. O presidente da Associação de Criadores de Cavalos Mangalarga Marchador da Bahia (ACCMMB), Jayme Villas Boas criticou a venda do espaço e afirmou que faltou ao governador dialogar com as várias partes envolvidas.
“O Governo não foi feliz com o anúncio da venda do Parque de Exposições. O Parque é a vitrine do Agronegócio da Bahia. Ele [o governador] falou que ia implantar algo que iria gerar emprego e renda, não conheço nada que gere mais emprego e renda do que a Agropecuária Baiana, responsável por boa parte da arrecadação direta e indireta do estado. Mostrou que não conhece o assunto e não chamou os envolvidos para o diálogo, só a equinocultura na Bahia, gera milhares de empregos, realiza uma das maiores Exposições do Brasil, a Fenagro e o Campeonato Brasileiro de Marcha, que vem gente de todo o Brasil e movimentam juntos mais de 10 milhões de reais na economia local, fora a Expobahia, Exporural e diversos shows e exposições”, explicou Jayme.
“Sem dúvida uma infelicidade, sem falar no momento, que vai depreciar o valor do imóvel devido à crise que o estado e o mundo está passando”, completou.
A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (FAEB) e representante dos produtores e Sindicatos Rurais baianos, emitiram uma nota a qual se posiciona contra a venda do parte de Exposições.
“O espaço é um equipamento público de grande importância para a economia da Bahia, não agregando apenas ao setor Agropecuário, com exposição e comercialização de animais e produtos agrícolas, mas todos os segmentos produtivos, como a Indústria, pela compra e venda dos insumos produzidos, e o Comércio de bens, Serviços e Transporte, através da geração de empregos e recolhimento de tributos ao Governo durante cada evento”, diz o texto.