Professores superam desafios da profissão em tempos de pandemia

A família tem um papel fundamental na educação das crianças e adolescentes, mas é na sala de aula, orientados por um professor, que os jovens são educados, para a formação de futuros adultos críticos, reflexivos e respeitosos.

No Brasil, o professor é lembrado no dia 15 de outubro, data que celebra a importância do papel do profissional para o desenvolvimento humano. Na rede municipal de ensino, que possui oito mil professores distribuídos na Educação Infantil, Ensino Fundamental – Anos Iniciais e Finais e Educação de Jovens e Adultos (EJA), os profissionais enfrentam os desafios da profissão, principalmente em tempos de pandemia de Covid-19.

Desde os seis anos que a professora Viviane de Pádua pensava na educação como possibilidade de mudar o mundo e há 25 anos faz isso ensinando. Ela reconhece seus esforços ao relembrar do início da pandemia e o desafio de dar aulas pela TV, com o Projeto Nossa Rede do município.

“Sempre acreditei que através do conhecimento poderia contribuir com a melhoria de vida de outros. Nesse período pandêmico, fui desafiada a dar aulas na TV. No início foi assustador, mas com o passar do tempo fui ficando mais confiante e tranquila”, confessou.

Segundo Viviane, as aulas à distância permitem que o conhecimento seja transmitido a um número maior de pessoas, extrapolando os limites dos estudantes matriculados na rede. Adultos que concluíram o ensino médio, crianças que deixaram as escolas particulares, idosos que estavam isolados em casa encontraram nas aulas um conteúdo gratuito e de qualidade.

“Ser reconhecida no supermercado, na praia, por pessoas com quem nunca tive contato e elas se reconhecerem como meus alunos é uma sensação indescritível. Mas é óbvio que toda categoria profissional também precisa e merece o reconhecimento financeiro e os professores não fogem a essa lógica”, defendeu.

Atualmente lecionando para alunos do 4º ano, na Escola Municipal Olga Figueiredo de Azevedo, no Vale do Matatu, a professora Maria Angélica Freitas, 61 anos, atua há 21 deles no município. Ela conta que, apesar do desafio diário e da necessidade de uma maior valorização da profissão, trabalha com compromisso e amor. “É um desafio muito grande, mas eu adoro a minha profissão, porque tenho amor ao que faço. Na atual conjuntura, se não tivermos amor e compromisso, a missão de educar torna-se quase impossível”, descreveu.

Capacitação – A gerente de Currículos da Secretaria Municipal da Educação (Smed), Edna Fernandes, pontua que o órgão tem apostado na qualificação dos professores, por meio de formações com parceiros externos, ou com formadores da própria secretaria. “Os professores são sujeitos importantes no processo de ensino de aprendizagem dos alunos, principalmente na educação básica. Em tempos de pandemia, eles se reinventaram através da utilização de plataformas e recursos on-line, buscando entregar o melhor para seus alunos e qualificar o processo de aprendizagem”, avaliou.

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