Psicóloga Bianca Reis chama a atenção da importância de não ter filhos, se você não tiver disposto a abrir mão de muitas coisas por eles

Decidir não ter filhos não é nenhuma novidade, mas, existe uma tendência cada vez maior, das pessoas tomarem coragem de assumir essa decisão perante a sociedade. A aceitação social e a compreensão de que alguém decidiu não ter filhos, ainda é muito difícil de ser aceita na sociedade.

A decisão de ter filhos, é uma responsabilidade, que traz abdicação e muitas mudanças. A chegada de um bebê que um dia se tornará uma criança, adolescente e adulto, vem carregada de demandas e muitos desafios.

A psicóloga Bianca Reis, chama atenção da importância de não ter filhos se for para salvar casamento, dar satisfação à sociedade, dentre outras questões não apropriadas para ter filhos.

“O filho é um ser humano, com todas as questões e necessidades humanas. E não se deve optar por ter filhos antes de pensar bastante, e entender que o que está em jogo é a vida de outro ser que não pediu para vir ao mundo, e que terá de alguma maneira os seus pais como referência. Não tenha filhos se acha que seu filho é uma extensão do seu corpo, uma reedição da sua história, da sua vida, acessório, um troféu”, afirma a psicóloga Bianca Reis.

Para que ter filhos? E para quem ter filhos? São perguntas que precisam ser feitas, na hora dessa escolha. É preciso compreender que mesmo tendo filhos, ainda é preciso cuidar de si e se pôr como prioridade, logo, não saber lidar com as próprias frustrações e dores, é um dos motivos para não se ter filhos.

“Se o indivíduo não está preparado para uma dedicação ímpar, amor, compreensão, diálogo, acolhimento, respeito, educação, disciplina, dentre outros, é melhor não ter filhos”, finaliza Bianca Reis.

SOBRE BIANCA REIS

Psicóloga 03/11.152 do CRE-TEA, Psicoterapeuta, Palestrante e Facilitadora de Grupos. Bianca é Mestra em Família, Especialista em Psicoterapia Junguiana e Pós-graduada em Estimulação Precoce e pós-graduanda em Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem.  Atua há 9 anos na área clínica, tratando de pacientes com demandas voltadas aos relacionamentos familiares e românticos, sexualidade, gênero, infância, ansiedade, depressão e outras importantes questões psicológicas e humanas.

Fotos: Divulgação/acervo pessoal