Encontro foi mediado pelo presidente Geraldo Júnior
A Câmara Municipal está para votar projetos dos vereadores Carlos Muniz (Podemos), Marcelle Moraes e José Trindade (ambos sem partido) que tratam da proibição do uso de canudos, sacos e sacolas plásticas em Salvador. Em busca de entendimento para que as matérias que beneficiam o meio ambiente não afetem o setor industrial, caso sejam aprovadas, o presidente da Casa, vereador Geraldo Júnior (SD), mediou reunião para tratar do assunto com dirigentes das entidades ligadas à indústria plástica, na manhã desta quarta-feira (18), no Salão Nobre.
“Só os vereadores podem pedir para retirar os seus projetos da Ordem do Dia para não serem votados na próxima semana”, afirmou o presidente Geraldo Júnior, após ouvir atentamente os dirigentes da Fieb, Sindispasba, Plastivida e Braskem. Eles defenderam o uso do plástico na sociedade a apontaram como solução para o problema ambiental o consumo consciente, o descarte correto e a reciclagem.
O presidente Geraldo Júnior informou que fará uma reunião com os vereadores Muniz, Trindade e Marcelle para definir se os projetos podem ficar fora da Ordem do Dia para, numa reavaliação por parte dos seus autores, atender às sugestões do setor industrial, que não discorda da importância da preservação do meio ambiente, como foi mostrado na exposição de Miguel Bahiense, representante da Plastivida.
Consciência
Ao defender o seu Projeto de Lei nº 89/2019, que trata da proibição da fabricação, venda e comércio de canudos de plástico em Salvador, a vereadora Marcelle Moraes frisou que “consciência ambiental é mudança de hábito”.
Com o PL 236 tramitando na Casa desde 2015, tratando da proibição do uso de sacos e sacolas plásticas no comércio de Salvador, Carlos Muniz frisou que o assunto é de interesse da cidade e também mostra protagonismo da Câmara. “A minha vontade é que o meu projeto seja votado logo”, afirmou.
Conforme o vereador José Trindade, “não existe campanha educativa contra o uso de sacos e canudos plásticos em Salvador”. Ele defendeu o seu projeto, mesmo entendendo a colocação de Luiz Oliveira, presidente do Sindiplasba, que prevê demissão no setor por conta da proibição dos produtos plásticos na cidade.
Coube a Miguel Bahiense fazer uma apresentação sobre os impactos do plástico na sociedade e as medidas adotadas para evitar a contaminação do meio ambiente. “O plástico pode ser do bem”, frisou.
Conforme Heber Santana, secretário de Relações Institucionais da Câmara, o encontro foi sugerido por Cíntia Freitas, que atua como Relações Governamentais da Fieb.
Também participaram da reunião o vereador Joceval Rodrigues (Cidadania); Vladson Menezes, diretor executivo da Fieb; Mário Dias, relações institucionais da Braskem; Tiago Mota, diretor do Sindiplasf; e Roberto Fiamenghi, diretor da Fieb.