O pré-candidato a governador da Bahia, ex-ministro da Cidadania e deputado federal, João Roma (PL), entregou ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, um dossiê com as informações referentes às invasões de propriedades que estão ocorrendo no Extremo Sul da Bahia. Roma ainda anunciou que, ao lado do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia (Faeb), Humberto Oliveira, irá à Superintendência da Polícia Federal para também reforçar as informações sobre a violência contra os produtores rurais do Extremo Sul. Na segunda-feira (18), o ex-ministro da Cidadania já havia denunciado a invasão a duas fazendas em Porto Seguro, Floresta I e II, localizadas no povoado de São Geraldo.“Há cerca de 15 dias, estive em Teixeira de Freitas e em Itamaraju e, nessa oportunidade, eu me reuni com vários produtores rurais que me entregaram um dossiê completo do que de fato está ocorrendo no extremo sul da Bahia, com muitas ações, muitas delas com o viés nitidamente criminoso, de pessoas que se aproveitam, inclusive, de etnias e buscam cada vez mais utilizar informações inverídicas para lesar os produtores com ameaças e uso de violência”, disse João Roma, nesta terça-feira (19), em entrevista à Rádio Nova FM, de Eunápolis. “Perceba-se que não é uma ação legítima por anseio de terra, uma vez que atualmente o governo Bolsonaro entregou mais de 360 mil títulos de terra”, destacou Roma.O ex-ministro da Cidadania declarou que a entrega do dossiê ao ministro da Justiça tem um objetivo claro. “Não é para pedir que nenhuma instituição se coloque do lado de ninguém, mas para que uma supervisão, uma presença das instituições para que a legislação seja observada”, disse Roma, que também denunciou a omissão do Governo do Estado. “O governo fica à margem desses acontecimentos e muitas vezes indica à Polícia Militar que desobedeça a legislação”, comentou João Roma, que ressaltou que a violência, além de amedrontar a população, dificulta a atração de investimentos para a Bahia.O pré-candidato a governador da Bahia, João Roma, diz que pode haver uso político dessas invasões de propriedade. “Fica a impressão de que ocorre de propósito, inclusive, com a proximidade das eleições. Então se sugere aí uma possibilidade de utilização política dessas ações”, analisou João Roma. Ele ainda destacou a importância de a Polícia Federal acompanhar de perto a situação “para evitar que o pior aconteça dentro do estado da Bahia”.Em entrevista anterior à Rádio Itapoan FM, João Roma comentou que, com o início do processo eleitoral oficialmente a partir de 15 de agosto, devem ser intensificadas as discussões a respeito do tema e das candidaturas na Bahia. “Precisamos escolher qual o Brasil e a Bahia que queremos para o futuro. Se seguiremos tendo orgulho no nosso verde e amarelo ou se voltaremos para o tempo que decepcionou e envergonhou milhões de brasileiros”, disse Roma, ao destacar que é cada vez mais nítido o grau de interdependência entre os poderes e o destino da nação. |