Diplomata é o segundo na hierarquia da delegação dos Estados Unidos no país.
A Rússia expulsou do país o vice-embaixador dos Estados Unidos em Moscou, Bartle Gorman, nesta quinta-feira (17), segundo informações das agências internacionais de notícias.
Inicialmente, o caso havia sido noticiado pela agência russa RIA, e em seguida foi confirmado pela agência Reuters com um porta-voz do Departamento de Estado americano.
Ainda de acordo com a RIA, fontes da embaixada americana em Moscou afirmaram que o governo de Washington responderá à medida.
Não há, até a última atualização desta reportagem, informações sobre a justificativa usada pela Rússia para esta expulsão ou quais medidas os EUA pretendem tomar.
O anúncio foi feito em um momento que os EUA acusam a Rússia de planejar uma invasão à Ucrânia, o que Moscou nega.
Nesta quinta-feira, os americanos afirmaram que a Rússia não tem cumprido com os anúncios de que vem retirando sua presença militar nas fronteiras e que inclusive tem avançado na direção contrária.
Mais de 100 mil soldados russos estão mobilizados na área que o país faz fronteira com a Ucrânia para a realização de exercícios militares.
‘Invasão iminente’
A embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield, disse nesta quinta-feira que Rússia se dirige para uma “invasão iminente” da Ucrânia, apesar dos anúncios de retirada de tropas.
A diplomata disse ter pedido ao secretário de Estado americano, Antony Blinken, para participar, assim como ele, da reunião do Conselho de Segurança da ONU desta quinta sobre a Ucrânia.
“[Quero] sinalizar nosso intenso compromisso com a diplomacia, oferecer e enfatizar o caminho para a desescalada e deixar claro ao mundo que estamos fazendo tudo – tudo – que podemos para evitar uma guerra”, disse Thomas-Greenfield.
Aumento de tropas
O governo americano acusou, na quarta-feira (16), a Rússia de enviar pelo menos 7.000 militares a mais à região das fronteiras com a Ucrânia, apesar da promessa russa de diminuir o número de soldados na área.
Nesta quinta, o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, reforçou a tese de que a Rússia não tem diminuído a presença de suas tropas na fronteira.
Austin afirmou que documentos da Inteligência americana mostram indícios de que a Rússia esteja estocando suprimentos de sangue e suas tropas estejam se aproximando da Ucrânia.
“Eu mesmo fui um soldado não muito tempo atrás”, disse o secretário de Defesa. “Eu sei em primeira mão que você não faz esse tipo de coisa sem motivo.”