A partir deste sábado (30), Salvador passa a ter a 11ª Unidade de Acolhimento Institucional (UAI) implantada pela Prefeitura, desta vez na Alameda Itanhém, 52, Quadra B, Lote 12, em Itapuã. A inauguração do serviço, voltado a famílias em situação de rua, desabrigados por abandono, migração ou ausência de residência, pessoas em trânsito e sem condições de se sustentar, foi realizada em cerimônia que reuniu o prefeito ACM Neto e o vice, Bruno Reis, além da secretária municipal de Promoção Social e Combate à Pobreza (Sempre), Ana Paula Matos, demais gestores municipais e população.
Com esta unidade, a administração municipal passa a oferecer, no total, 550 vagas de acolhimento a pessoas em situação de rua. “Quem for acolhido aqui, em pouco tempo, vai voltar à vida social plena e com dignidade, porque a Prefeitura, que é a maior geradora de emprego na cidade hoje pelas obras que realiza em todos os cantos, promove a qualificação de mão de obra e contrata também o morador em situação de rua”, afirmou ACM Neto. A próxima unidade a ser entregue, de acordo com o prefeito, será no bairro do Lobato, em dezembro próximo.
Bruno Reis lembrou que, há quatro anos, a cidade possuía apenas duas unidades de acolhimento. “Em 2020, Salvador terá 20 unidades, ou seja, terá multiplicado por dez este serviço, tão importante para proporcionar o retorno da dignidade desses cidadãos”, completou o vice-prefeito.
De acordo com a secretária Ana Paula Matos, as UAIs têm trazido resultados positivos para a população em situação de rua. A Superintendência de Conservação e Obras Públicas (Sucop), por exemplo, acabou de contratar dez pessoas acolhidas pelas unidades e outras dez estão em fase de entrega de documentação para começar a trabalhar. Além disso, 875 pessoas já saíram dessas UAIs e estão em um lar próprio, através do Aluguel Social.
Funcionamento – A UAI de Itapuã tem capacidade de atender 50 pessoas e possui equipe composta por psicólogo, assistente social, advogado e educadores sociais. Entre as ações promovidas pelo serviço estão o desenvolvimento do convívio familiar, orientação para acesso à documentação pessoal, inserção de em programas de capacitação, construção de plano individual de atendimento, orientação sócio familiar, diagnóstico socioeconômico, articulação da rede de serviços socioassistenciais e com os demais órgãos do Sistema de Garantia de Direitos.
“Aqui é a casa deles, onde podem passar o dia inteiro ou saírem para trabalhar. Todos têm direito a três refeições diárias e as crianças têm acesso ainda a lanches. Na UAI, essas pessoas reaprendem a viver em comunidade e com regras, coisa que não existe na rua. Há a possibilidade de irem aos Centros POP, manter a própria casa através do Aluguel Social, acesso ao Nuar (Núcleo de Ações Estruturadas para População de Rua) e, claro, assistência através das equipes de abordagem social. Nosso objetivo não é mantê-los aqui, mas fazer com que tenham condições de ter a própria casa e uma nova perspectiva de vida”, explicou Ana Paula.
Até o próximo ano, a previsão é que 14 unidades estejam em funcionamento, totalizando 700 vagas de acolhimento. Atualmente, as UAIs funcionam também nos bairros de Nazaré, Barbalho, Barris, Stiep, Ribeira, Pituaçu, Boca do Rio, Coutos, Amaralina e Pau da Lima.