Quem passar pela Avenida 29 de Março deve ficar atento porque a velocidade máxima permitida na via foi reduzida, passando de 70 km/h para 60km/h. A diminuição, adotada já a partir desta semana, é uma estratégia da Superintendência de Trânsito e Transporte de Salvador (Transalvador) para prevenção de acidentes na via.
Somente no ano passado, a autarquia apurou até o momento 36 acidentes, com 49 pessoas feridas e duas mortes. Ao longo de 2019, ocorreram 25 acidentes com a mesma quantidade de feridos e nenhuma vítima fatal.
Por ser uma fase de adaptação, nos primeiros 30 dias após o início da mudança, os radares na avenida ficarão desativados. Ou seja, os condutores que ultrapassarem os 60 km/h nesse período não sofrerão sanções legais.
Toda a sinalização da via já foi modificada alertando sobre a nova velocidade máxima permitida. Além das placas fixas, letreiros eletrônicos também serão instalados provisoriamente na via para informar sobre a alteração.
Depois de análise do comportamento do tráfego na via, decidimos por essa redução como medida para diminuir a quantidade de acidentes. O excesso de velocidade é uma das principais causas de fatalidades no trânsito. Nosso principal objetivo com esta ação é a preservação de vidas”, explica o novo superintendente da Transalvador, Marcus Passos.
Riscos – Segundo estudos realizados pelo órgão norte-americano Insurance Institute for Highway Safety, dirigindo com uma alta velocidade, o condutor fica mais propenso a sofrer algum acidente porque leva mais tempo para parar o veículo. Ainda de acordo com a pesquisa, em uma colisão em alta velocidade, um automóvel é submetido a forças tão brutas que a estrutura do automóvel não suporta a força da colisão para manter o espaço de sobrevivência no compartimento do ocupante. Ainda, sistemas como airbags e cintos de segurança não conseguem manter as forças sobre os ocupantes abaixo dos níveis de lesões graves.
Além do risco com a vida, esses acidentes podem ocasionar danos a equipamentos eletrônicos públicos. Do total de acidentes registrados em 2020, quatro danificaram semáforos em decorrência de choques entre os veículos e as estruturas fixas. Isso gerou um prejuízo de mais de R$ 44 mil para o reparo, que é realizado pela Gerência de Sinalização da Transalvador.
Foto : Divulgação/Transalvador