A rede municipal de ensino de Salvador contabilizou 35 milhões de refeições servidas aos estudantes, durante o ano letivo de 2022. A quantidade equivale a aproximadamente 179 mil refeições por dia, nas 432 unidades de educação da cidade, para alunos dos segmentos creche, pré-escola, fundamental e EJA. O investimento foi de R$105 milhões, soma que ultrapassa os quatro anos anteriores.
Para se ter uma ideia, em 2018 o montante de recursos aplicados na alimentação escolar da capital baiana foi de R$48,9 milhões, enquanto que em 2019, foi de R$68,9 milhões. Em 2020 e 2021, períodos críticos de pandemia da Covid-19, as cifras chegaram a R$91,8 milhões e R$86,6 milhões, respectivamente.
Nas escolas municipais, os alunos consomem as refeições estipuladas nos cardápios que são planejados, elaborados e acompanhados pela Coordenadoria de Alimentação Escolar (CAE) da Secretaria Municipal de Educação (Smed). Todo esse processo é acompanhado por 56 nutricionistas e 950 manipuladores de alimentos.
“O investimento feito pela Prefeitura para a oferta de alimentação escolar tem contribuído para o crescimento e o desenvolvimento biopsicossocial, a aprendizagem, o rendimento escolar e a formação de práticas alimentares saudáveis dos alunos da rede municipal”, destaca a coordenadora de Alimentação Escolar da Smed, Emília Carla Coelho.
A alimentação escolar contempla gêneros alimentícios que respeitam as referências nutricionais, os hábitos alimentares e a cultura alimentar local, além de se pautar na sustentabilidade, diversificação agrícola da região e na alimentação saudável e adequada, conforme determinação do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). Também há os cuidados específicos com condições individuais dos alunos, como intolerâncias e alergias.
“Desse modo, a rede de educação tem garantido o acesso regular a uma alimentação saudável, de qualidade e em quantidade suficiente para suprir as necessidades dos estudantes, contribuindo para o crescimento e o desenvolvimento deles e para a melhoria do rendimento escolar”, assinala a coordenadora.
Sustentabilidade – Neste ano, as secretarias de Educação (Smed) e Sustentabilidade, Inovação e Resiliência (Secis), em parceria com programa Alimentação Consciente Brasil (ACB), operado pela organização Mercy For Animals (MFA) e pela Humane Society International (HSI), introduziu o programa Educando para Sustentabilidade.
O objetivo da iniciativa foi incluir uma variedade maior de alimentos vegetais, como frutas, verduras, legumes e cereais, nos pratos da alimentação escolar, substituindo 20% de ingredientes de origem animal. Para substituição, foram priorizados pratos com feijões branco, preto, carioquinha, lentilha e grão de bico, havendo um aumento na oferta dos legumes e frutas.
Além do maior impacto em saúde pública, com introdução de nutrientes importantes, como vitaminas, minerais e fibras, que podem atuar na prevenção de doenças como obesidade e doenças relacionadas, como diabetes, a ação pode contribuir para economia de água, diminuição de perda de biodiversidade e redução da emissão de gases do efeito estufa.
De acordo com a Smed, a iniciativa impactará mais de 7 milhões de refeições por ano, com mais opções de alimentos saudáveis. Para isso, foi realizada capacitação das equipes de cozinha municipal em culinária vegetal, que atuam nas escolas.
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