Salvador recebe o espetáculo circense “Ítaca” dias 18 e 19 de novembro

Espetáculo é um solo do palhaço do Cirque du Soleil Thiago Andreuccetti

Um barco, um único valente e pitoresco marinheiro, uma viagem pelo oceano, a tormenta e o encalhar em uma ilha deserta. A luta pela sobrevivência. Esta é uma sucinta sinopse do espetáculo de palhaçaria e acrobacia “Ítaca”, um solo do artista Thiago Andreuccetti, em viagem marítima pelo país e que nos dias 18 e 19 novembro apresenta-se gratuitamente em Salvador, no Teatro Moliére – Aliança Francesa, às 16h. Os ingressos serão distribuídos uma hora antes das sessões e a de sábado (18) terá tradução em Libras e Audiodescrição. Na obra, Andreuccetti usa cenicamente o aparelho Mastro Culbuto. A circulação ocorre através da “Diversão em Cena”, com o patrocínio da Fundação ArcelorMittal, por meio da Lei de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet).

Thiago Andreuccetti – palhaço que já integrou o elenco do Cirque Du Soleil, entre 2018 e 2020, no show “Amaluna”, onde nasce as primeiras pesquisas técnicas e dramatúrgicas para a montagem de Ítaca – conta que a narrativa do espetáculo é “uma oportunidade para se divertir e refletir a partir dos desvios do destino”. O artista dá vida a Santiago – inspirado em livros como “O Velho e o Mar”, de Hemingway, a “Odisseia” de Homero e no poema homônimo de Constantino Kavafis -, um homem do mar-palhaço que se equilibra no seu pequeno barco-casa, mergulhado na eterna viagem que é a vida.

Isolamento
Os processos criativos de “Ítaca” nascem em 2020, através do Edital de Fomento ao Circo para a cidade de São Paulo, resultado de uma pesquisa continuada em palhaçaria e mastro chinês, muitas delas vivenciadas no show “Amaluna” do Cirque du Soleil, em que a história da sua personagem passava-se numa ilha, após um naufrágio. Mas, foi em 2019 que conheceu o Mastro Culbuto, uma mistura de mastro chinês com o que conhecemos aqui no Brasil com o João Bobo, o aparelho lembra muito os movimentos de um barco. A criação do solo ocorre em meio a vivência pandêmica e o artista realiza todos os seus treinos no quintal de casa.

Ao misturar essas primeiras inspirações, nasce Santiago. Na época, Thiago criou o número “Ítaca” com cerca de 5 minutos de duração e o apresentou no Festival Internacional de Circo on-line de São Paulo. Era o embrião do que hoje é o espetáculo, que tem dramaturgia de Nereu Afonso – autor, ator, palhaço e professor – e direção de Luciana Viacava – encenadora, atriz e palhaça.

A pandemia e os sentimentos, emoções e sensações vividos por todos nós, moldaram o trabalho num sentido mais sutil: a figura de um pescador náufrago, isolado num barco, sem contato com outros seres humanos, tentando sobreviver a algo que ele ainda não entende e, por isso, sendo atacado por sentimentos como depressão, ansiedade, medo, solidão, saudade de casa, de quem se ama.

Tratar desses temas é sempre muito delicado, mas ao mesmo tempo necessário. “Porque ao olharmos de frente para o que vivemos, podemos processar todos esses sentimentos e sair fortalecidos da experiência. É exatamente disso que o poema de Kaváfis, que inspirou Itaca, diz: ‘(…) Os Lestrigões e os Ciclopes, o feroz Poseidon, não os temas, tais seres em teu caminho jamais encontrarás, se teu pensamento é elevado, se rara emoção aflora teu espírito e teu corpo. (…)'”, declara o palhaço e acrobata.

O artista
Thiago Andreuccetti é um artista brasileiro que, desde 2003, desenvolve uma pesquisa cênica que mistura técnicas de teatro físico como Commedia dell’arte, Mímica Corporal Dramática, Mímesis Corpórea e Mastro Chinês. Atuou em mais de 20 peças sendo dirigido por Francisco Medeiros, Hugo Possolo, Cris Lozano, Fernando Escrich e Ricardo Karman. Entre 2018 e 2020, integrou o casting do Cirque du Soleil no show itinerante Amaluna, em que performou o personagem Tito e se apresentou no Chile, Peru, Colômbia, Equador, Canadá e Estados Unidos para um público de mais de um milhão de pessoas.

Acesso e formação de público
Para contribuir com a democratização do acesso à cultura, a Fundação ArcelorMittal atua diretamente em duas vias: a formação de público e a formação de profissionais para atuarem na área cultural. Neste contexto, destaca-se o Diversão em Cena. Realizado em parceria com grupos e produtores culturais, que contam com patrocínio da ArcelorMittal e Belgo Arames por meio das Leis Federal, Estaduais e Municipais de Incentivo à Cultura, a iniciativa leva apresentações teatrais gratuitas ou a preços populares a teatros, escolas e praças públicas de todo o Brasil. Em dez anos de programa, o Diversão em Cena já ultrapassou 2 mil espetáculos pelo país e alcançou um público de cerca de 1 milhão de pessoas.

Sobre a Fundação ArcelorMittal
A Fundação ArcelorMittal é o núcleo de investimento e transformação social do Grupo ArcelorMittal, e sua estratégia principal se divide em três eixos de atuação: educação, cultura e esporte. Por meio de projetos e iniciativas nessas áreas, se propõe a transformar a vida de crianças e jovens de forma coletiva e participativa, compartilhando conhecimento e inovação, contribuindo para a inclusão e a formação de cidadãos para um futuro melhor.


Serviço
O quê – “Ítaca”, solo de palhaçaria e acrobacia Thiago Andreuccetti
Quando – 18 e 19 de Novembro, às 16h
Ingressos – Gratuitos, a serem distribuídos uma hora antes das sessões
Onde – Teatro Molière da Aliança Francesa (Av. Sete de Setembro, 401 – Barra)
Indicação etária: 06 anos


A sessão de 18 de Novembro contará com acessibilidade em Libras e Audiodescrição.

Foto: Divulgação