Com as aulas suspensas desde o dia 16 de março, por conta da pandemia do novo Coronavírus, a rede municipal de ensino de Salvador tem como desafio atenuar os prejuízos causados durante o período de inatividade. Nesse sentido, uma das medidas anunciadas pela Secretaria Municipal de Educação foi a distribuição de atividades semanais de Língua Portuguesa, História, Geografia e Ciência para os alunos do Ensino Fundamental I e dos anos iniciais da Educação de Jovens e Adultos (EJA).
Em entrevista exclusiva ao Bahia Sem Fronteiras, o secretário de Educação de Salvador, Bruno Barral elencou, o que para ele, são as principais perdas com a paralisação: “Os grandes prejuízos que a gente vai ter na esfera educacional estão relacionados à repactuação do calendário escolar e cumprimento dos 200 dias letivos e 800 horas que são normativos para a educação básica do pais”, explica o secretário.
“É importante salientar que isso vai gerar um prejuízo em nossa referência operacional futura, A coisa não é tão simples. Todos nós vamos ter que trabalhar talvez aos sábados e adentrar para os meses de dezembro e janeiro. O calendário escolar não é do secretário, do diretor e do professor da escola, ele é do aluno e tem que ser preservado”, completou.
Bruno Barral, explicou ainda como diminuir os prejuízos causados pela suspensão das aulas, sobretudo aqueles do ponto de vista pedagógicos: “A parte pedagógica sofre uma lacuna nesse momento pelo distanciamento pedagógico entre os alunos e as escolas, por mais que a gente tenha a tentativa de suprir com tecnologia… Acho que vamos dirimir essas perdas pedagogias através da reposição dos conteúdos. Existe uma lacuna inicial e deve ser feito um diagnóstico assim que retornarmos para que na sequência a gente possa cobrir todo esse conteúdo”, explica.
Foto: Bruno Concha/Secom