Colaboração das lideranças comunitárias auxilia a Defesa Civil a preservar vidas
“A participação das lideranças comunitárias na gestão de risco de desastres é indispensável para o bom desempenho das atividades de defesa civil”. A afirmação é do secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, coronel Alexandre Lucas Alves, que apresentou, hoje (06/10), por videoconferência, a mensagem de abertura do terceiro dia da programação da Semana Nacional de Redução de Desastres 2021 que teve como tema “Comunidade Participativa”.
Em sua fala, o dirigente ressaltou que “sem o entrosamento de lideranças que vivem em áreas de risco, a execução de ações e medidas de prevenção destinadas a reduzir desastres perde a efetividade”.
Ele citou que uma das principais ferramentas para aproximar as comunidades do poder público e criar uma cultura de prevenção são os Núcleos da Proteção e Defesa Civil (Nupdecs) que capacita para percepção de risco, ações de defesa civil, protagonismo de lideranças, entre outros.
Neste sentido a palestra que se seguiu – “Protagonismo comunitário – a importância das lideranças nas ações de prevenção”, apresentada pela coordenadora do Escritório de Projetos Sociais do GABVP, Simone Café, e pela subcoordenadora de Ações Comunitárias e Educativas da Codesal, Fabiana Santana, reforçou a fala do secretário da Defesa Civil Nacional.
Ao definir o perfil do líder comunitário, Simone Café, explicou que “são pessoas que pensam no coletivo, no bem-estar geral e que são reconhecidas e respeitas pela comunidade”. Em acréscimo, as lideranças buscam soluções por meios dos mecanismos disponíveis de relacionamento com a gestão pública.
Rede de confiança
“A liderança atua na promoção de ações que fomentem o desenvolvimento local, solucionando ou minimizando as necessidades detectadas, funcionando como interlocutor dos interesses da sociedade”, define Simone Café.
A subcoordenadora de Ações Comunitárias e Educativas, Fabiana Santana, cuja equipe responde pela formação dos Nupdecs em Salvador, diz que “à construção de uma comunidade mais resiliente e mais segura depende da construção de uma rede de confiança entre a comunidade e poder público e o processo depende das lideranças”.
Ainda segundo ela, o Nupdec é a ferramenta destinada a identificar as lideranças formais; conhecer a cultura local; mobilizar os moradores; capacitar e fortalecer ações colaborativas. Desde 2016 já foram implantados 64 Nupdecs e capacitados 2.499 voluntários para atuar como parceiros da Defesa Civil de Salvador.
“Comunidades que vivem em áreas de risco – um olhar social sobre as famílias, mulheres, infância e juventude” foi o assunto central das falas do secretário de Promoção Social e Combate à Pobreza, Kiki Bispo, e da secretária de Políticas para Mulheres, Infância e Juventude, Fernanda Lordelo.
“Enfrentamos o desafio das políticas públicas transversais de modo a promover ações articuladas entre os organismos internos e com o apoio da sociedade civil”, disse o secretário Kiki Bispo, destacando que “um órgão que faz isso com muita competência é a Codesal”.
Ele afirmou que a Prefeitura, por meio de sua pasta, oferece auxílios, como o de moradia e o emergencial, inciativa de ACM Neto, que são fundamentais para que as pessoas possam retomar suas vidas após alguma ocorrência grave ocasionadas pelas chuvas.
“Temos que atuar juntos para levar a melhor política paras as comunidades; equipes da Codesal atuam integradas com a Sempre. Temos que estar junto às pessoas, buscando resolver as questões sociais”, ressaltou o secretário.
A secretária Fernanda Lordelo, por sua vez, afirmou que no contexto da transversalidade “a SPMJ atua de forma colaborativa junto a Sempre e a Codesal, voltada a mitigação da vulnerabilidade social”.
No período da tarde, a engenheira agrônoma da Codesal, Lucineide Teixeira, apresentou palestra técnica sobre “Árvores de risco – avaliação no contexto da Defesa Civil”, seguida da fala da chefe do setor de Atendimento às Comunidades da Codesal em Áreas de Risco, Cristiane Montenegro, sobre o “Nivelamento dos procedimentos para atendimento às comunidades em áreas de risco”.