Serviço Especializado em Abordagem Social da Sempre realiza 15 novos acolhimentos de população em situação de rua no território dos Mares

“Cada sim que recebemos aqui, renova a nossa motivação em continuar trabalhando para ofertar formas de superação da condição de rua”. Com estas palavras Ivana Ramos, coordenadora do Serviço Especializado em Abordagem Social (SEAS), da Secretaria de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre), relatar o balanço positivo de 15 novos acolhimentos institucionais, no território dos Mares.

A ação teve início às 9h da manhã e se estendeu até às 22h.“Nossos profissionais desenvolvem ações planejadas de aproximação, escuta qualificada e construção de vínculo de confiança com pessoas e famílias em situação de risco pessoal e social nos espaços públicos, mediando o acesso à rede de proteção social, em especial os Centros Pops, onde são recepcionados por equipe técnica composta por assistentes sociais e psicólogos e educadores sociais, mas nem sempre as pessoas em vulnerabilidade aceitam o atendimento e nós não podemos forçar, conforme manda a Resolução CNAS nº 109 de 2009, mas dessa vez, o saldo foi muito positivo, 15 pessoas que já eram monitoradas a bastante tempo, aderiram ao serviço ofertado pelo município”, destacou Júnior Magalhães.

O SEAS possui equipes específicas de abordagem social, que trabalham todos os dias da semana, de 7 às 22h, em diversos territórios da cidade, em que atendimentos são ofertados de forma continuada e programada com a finalidade de assegurar trabalho social de abordagem e busca ativa que identifique a incidência de situações de risco pessoal e social, por violação de direitos, não apenas das pessoas em situação de rua, mas também trabalho infantil, exploração sexual de crianças e adolescentes, situação de rua, dentre outras.

“Na primeira aproximação é comum percebermos um olhar desconfiado, uma recusa inicial. Uns fingem estar dormindo, outros aparentam não escutar o que estamos falando, e nós entendemos, pois são diversas as motivações pelas quais as pessoas estão nas ruas, e construir a relação de confiança leva tempo mesmo. Mas aos poucos, com o trabalho continuado, essa resistência diminui e conseguimos alcançar o nosso objetivo que é ofertar alternativas de saída da situação de vulnerabilidade social”, complementou Ivana.

Os assistidos foram encaminhados para as Unidades de Acolhimento Institucional (Uais): Aspec Liberdade, Aspec Roma, Aspec Ribeira, Adra, Aspec Pituaçu, Familia Pérola e Mulheres Pérolas. Nas unidades eles são recepcionados por uma equipe multidisciplinar, que realiza escuta e identifica as demandas de cada assistido, a fim de construir o Plano Individual de Atendimento (PIA) e encaminhar para os programas, projeto, serviços e benefícios socioassistenciais e também dos órgão da rede de garantia de direitos, como Cadúnico, serviços de saúde, educação, qualificação profissional, entre outros. Tudo isso para que o assistido desenvolva autonomia, fortaleça vínculos sociais, familiares e comunitários, e voltem a ter condições de gerir as próprias vidas.