Setor agrícola investe em 265 quilômetros de pavimentação asfáltica para melhorar infraestrutura no Oeste baiano

O setor agrícola tem investido em obras de infraestrutura no Oeste baiano para garantir melhores condições das estradas utilizadas para o escoamento da produção. De acordo com a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), foram realizados investimentos, nos últimos três anos, em 265 quilômetros de pavimentação asfáltica e, entre 2021 e 2022, em cerca de 560 quilômetros de estradas vicinais e rodovias não asfaltadas na região.

Os produtores rurais representados pela Aiba investem recursos próprios e do Programa para o Desenvolvimento da Agropecuária (Prodeagro). Além disso, contam também com o apoio da Patrulha Mecanizada da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA) e da parceria com o governo do Estado e com prefeituras da região.

“Pensando no bem comum, os produtores rurais da região Oeste da Bahia, representados pela Aiba e Abapa, têm investido recursos próprios, contado com o apoio do Prodeagro e firmado muitas parcerias com o governo do Estado e prefeituras. O resultado desse empenho tem reflexos em benfeitorias para a região, como pavimentação asfáltica, recuperação e manutenção da malha vicinal, construção e reformas de pontes e o melhoramento do acesso às fazendas para entrada e saída de insumos, e escoamento seguro da produção agrícola da região a outros centros”, afirma o presidente da Aiba, Odacil Ranzi.

De acordo com Ranzi, “tão importante quanto produzir, é fazer o produto chegar à etapa da comercialização, onde dará retorno financeiro aos produtores rurais, permitindo o reinício do ciclo produtivo. Para o bom funcionamento desse mecanismo, alguns fatores são fundamentais, a exemplo de boas condições de infraestrutura e logística”.

A Bahia é o maior produtor de grãos do Norte/Nordeste e o segundo na produção nacional de algodão. No Oeste baiano, o agronegócio pulsa desenvolvimento e corresponde a 25% do PIB do estado. A redução das distâncias e disponibilidade de vias de qualidade para o transporte de suprimentos e da produção agropecuária sempre foram desafios na região.

Estradas pavimentadas – A extensão territorial do Oeste Baiano e a ampla malha vicinal influenciam para uma constante necessidade da manutenção das vias, frente ao fluxo de escoamento da produção e a velocidade com que a região se desenvolve. Nos últimos três anos, foram realizados 265 quilômetros de pavimentação asfáltica. “Essas iniciativas de melhorias do transporte de cargas com a execução de pavimentação asfáltica têm reduzido o custo do frete, valorizado mais o produto e deixando a região Oeste mais competitiva”, comenta o gerente de Infraestrutura da Aiba, Luiz Stahlke.

Manutenção de estradas – Durante o período chuvoso, a maioria das vicinais ficam intransitáveis e geram elevados prejuízos para os produtores de grãos e fibras. Para promover a recuperação e manutenção de trechos prioritários das estradas vicinais ou rodovias não asfaltadas, os produtores rurais realizam a manutenção e recuperação de estradas, que desde 2013 recuperou cerca de 3 mil quilômetros, beneficiando 43 estradas das regiões produtoras, e entre 2021 e 2022, foram recuperados 560 quilômetros. Por meio da parceria com a Patrulha Mecanizada da Abapa, é possível realizar serviços como o levantamento de leito, cascalhamento da base e construção de bacias de contenção da água das chuvas. Foi executada a adequação da serra localizada em Formosa do Rio Preto e melhoria do acesso da região Coaceral.

FIOL – A Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL) desponta como uma nova realidade para o transporte de cargas no Brasil e ligará o Porto de Ilhéus, no Sul da Bahia, à Ferrovia Norte-Sul, com entroncamento projetado no município de Figueirópolis (TO). A via irá contribuir para a eficiência no escoamento da produção do oeste baiano, ampliação do comércio exterior e favorecimento do mercado nacional. A expectativa é que sejam transportados em torno de 10 milhões de toneladas de grãos e fibras. Atualmente, o lote 2 está sendo finalizado e o lote 1 deve ter as obras retornadas neste ano.