Um banco de dados geográfico atualizado e de uso comum, no qual todos os cidadãos podem ter acesso às informações geoespaciais da capital baiana. Esta é a proposta do Mapeamento Cartográfico de Salvador, desenvolvido pela Prefeitura e disponível no site www. cartografia. salvador. ba. gov. br , podendo ser acessado pelo computador ou dispositivo móvel (celular ou tablet).
O projeto foi desenvolvido em colaboração com diversos órgãos municipais, como as secretarias da Fazenda (Sefaz) e de Desenvolvimento e Urbanismo (Sedur), a Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF) e a Companhia de Governança Eletrônica de Salvador (Cogel). Com isso, Salvador se torna uma das pioneiras no país na aplicação das normas nacionais de cartografia voltada para municípios, juntamente com o Distrito Federal.
A coordenadora da equipe de gestão da Cartografia de Salvador, Ana Lúcia Aragão, explica que, por se tratar de uma base de dados oficial da Prefeitura, é possível utilizá-la como subsídio para os procedimentos de diversos órgãos do município. “Podemos, por exemplo, no caso da Sefaz, promover justiça fiscal, enxergando a cidade de maneira transparente”, afirma.
Geoinformação – A cartografia de Salvador pode ser vista de maneira similar a ferramentas já conhecidas, a exemplo do Google Maps. O banco de dados reúne os objetos geográficos da cidade, como ruas, passeios, praças, quadras, edificações, postes, árvores e afins, organizados em 19 categorias e em 232 classes de objetos, seguindo padrões internacionais de qualidade cartográfica, em escala 1:1.000. Com a inclusão do mapeamento móvel terrestre a ser contratado, os dados permitirão a disponibilização de ferramenta semelhante ao Google Street View, com a diferença de ser uma base oficial.
No site é possível ter acesso ao Conjunto de Dados Geoespaciais Vetoriais de referência de Salvador (CDGV), via web serviços, e às Ortoimagens do Município e entorno imediato (415km² de área continental e insular) disponibilizadas inclusive para download. “Você pode consumir e pesquisar no aplicativo do site todas as ruas da cidade, inclusive os limites oficiais de bairro obtidos diretamente do produtor da informação, neste caso, a Sedur. A ferramenta é um diferencial nesse momento de pandemia, já que os profissionais podem fazer o acesso remoto”, declara Ana Lúcia.
Esta cartografia permite, por exemplo, localizar as árvores da cidade e até mesmo pesquisar sobre a saúde delas, por especialistas, através de análise das imagens com o componente do infravermelho. Dentre os produtos adquiridos, vale ressaltar a importância dos dados de altimetria, relevante para a atuação municipal na construção de encostas e combates a inundações na cidade, bem como para uso da Sefaz na verificação das alturas das edificações, permitindo obter dados precisos dos terrenos e construções para melhoria no processo da tributação.
A equipe de Cartografia entregará uma plataforma que possibilitará a inclusão dos temas integrantes do Cadastro Multifinalitário – um conjunto de dados geoespaciais como uma espécie de inventário público da cidade, sobre o qual podem ser registradas todas as informações espaciais, inclusive a propriedade imobiliária.
Evolução – Os primeiros passos para o desenvolvimento do projeto foram dados a partir do mapeamento realizado entre agosto de 2016 e fevereiro de 2017, que também deu origem às chamadas ortoimagens (imagens de alta precisão) de qualidade elevada.
Antes de 2016, as ortoimagens disponíveis estavam defasadas em 10 anos, e, a última base possível de extrair medidas em 26 anos. Tudo era feito através de vistoria ou do uso de fotografias com menor precisão, gerando maior atraso na instrução dos processos administrativos. Hoje, a qualidade de todos os produtos cartográficos, inseridos em um banco de dados geoespacial, evita deslocamentos desnecessários e melhora a comunicação entre o cidadão e a Prefeitura”, destaca Ana Lúcia.
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