Durante sessão ordinária na tarde de hoje (11), o vereador Téo Senna (PSDB) manifestou duras críticas ao anúncio do Governo do Estado da Bahia sobre a venda de importantes patrimônios públicos de Salvador, incluindo o Colégio Estadual Odorico Tavares, o antigo prédio do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e o Centro de Convenções, localizado no Stiep. O pacote de vendas, previsto para ser concluído no primeiro trimestre deste ano, reacende debates sobre o abandono e a desvalorização de equipamentos fundamentais para a educação e o turismo da capital baiana.
Para Téo Senna, a decisão do governo estadual, liderado pelo Partido dos Trabalhadores, representa mais um capítulo de descaso com o patrimônio público e a população de Salvador. “O Governo da Bahia prefere vender equipamentos públicos históricos ao invés de investir na sua recuperação e manutenção. Estamos falando de estruturas que tiveram papel fundamental no desenvolvimento educacional e turístico da nossa cidade, mas que foram deixadas à própria sorte”, criticou o vereador.
Negligência com a educação – Para Téo Senna, o fechamento do Colégio Estadual Odorico Tavares, em 2020, foi um dos primeiros sinais da política de abandono do governo estadual. O parlamentar relembra que lutou contra a decisão do então governador Rui Costa (PT) de desativar a escola, localizada no Corredor da Vitória. O colégio, que já foi referência no ensino da capital baiana, foi encerrado sob a justificativa de baixo número de matrículas e da necessidade de investir em novas unidades no interior do estado.
“Essa decisão foi um verdadeiro ataque à educação pública de qualidade que eles tanto dizem defender. O Odorico Tavares era um símbolo de ensino de excelência e foi fechado sem respeito aos estudantes e professores. Agora, o governo confirma o que sempre denunciamos: o real interesse era a venda do espaço, favorecendo interesses privados. É inadmissível!”, disparou Téo Senna.
Prejuízo bilionário ao turismo – Outro ponto criticado por Téo Senna é a venda do antigo Centro de Convenções, que ficou anos abandonado após desabar em 2016. O vereador recordou sua participação ativa nas cobranças por providências do governo estadual e no movimento “Abraçaço”, realizado em 2017, que reuniu a sociedade civil em torno do equipamento para exigir sua recuperação.
“A negligência do governo estadual com o Centro de Convenções trouxe um prejuízo incalculável para Salvador. Foram bilhões de reais perdidos e milhares de empregos que deixaram de ser gerados. Mais de 21 hotéis fecharam as portas e o turismo sofreu uma queda drástica. Foi preciso a coragem e competência do então prefeito ACM Neto para entregar um novo Centro de Convenções, devolvendo à cidade o protagonismo no setor de eventos”, afirmou o vereador.
Foto: Reginaldo Ipê/Ascom CMS