Conforme o vereador, o Atlas da Violência 2021, divulgado no dia 31 de agosto, trouxe números alarmantes
O vereador Téo Senna (PSDB) rebateu, nesta segunda-feira (18), as declarações do deputado Jacó Silva (PT), segundo o qual “quem critica a violência pública da Bahia o faz de forma rasa”.
Para Senna, a segurança pública da Bahia está no fundo do poço. “O buraco é muito mais embaixo. Ninguém que tenha coerência pode defender a omissão com que o governo do estado tem tratado a questão. E não se pode desdenhar do problema com o argumento de que é nacional, como o deputado fez, afinal os dados não mentem”, apontou Senna.
Ele informou que o Atlas da Violência 2021, divulgado no dia 31 de agosto, trouxe números alarmantes sobre a dura realidade de insegurança enfrentada pelos baianos.
“Enquanto no Brasil houve uma queda de 12,6% no número de homicídios entre 2009 e 2019, na Bahia ocorreu exatamente o contrário, com o estado registrando crescimento de 12,6% nesse mesmo período”, afirmou o vereador.
Senna observou que a situação melhorou em todo o Brasil e piorou na Bahia. “Só pode ser o reflexo da péssima gestão da segurança pública em nosso estado. São 15 anos em que segurança pública e educação não foram prioridades. Os números mostram isso. Não é só falácia, como tenta nos convencer os que defendem esse caos”, frisou.
Ainda conforme o vereador, “as armas envolvidas em crimes continuam chegando na Bahia por onde sempre chegaram: pela ilegalidade. Cabe à Secretaria de Segurança Pública uma gestão mais eficiente para evitar que a Bahia continue sendo esse paraíso para a criminalidade, ao invés de utilizar-se de intermediários para tentar tapar o sol com a peneira”.
Para Senna, “esse é o típico governo das desculpas esfarrapadas”. Ele acrescentou: “Sempre é culpa de alguém. Só não tem capacidade de fazer uma autocrítica. Segurança é com o governo federal. Educação é com os prefeitos. Sputnik é com a Anvisa. E os respiradores, a culpa é de quem, governador?”.
No entendimento de Senna, que tem longa experiência como educador, a solução para a segurança pública se chama educação e gestão. “A educação pública estadual tem 15 anos de abandono e o aumento da violência é um reflexo disso. Somos os últimos em educação e os primeiros em violência. Isso é um problema de gestão. Os dados estão aí e o discurso vazio do deputado não mudará essa realidade”, ressaltou.