O vereador Claudio Tinoco (União Brasil) questionou o governo do estado em função da compra de 40 trens que estão parados há 12 anos em Cuiabá, capital do estado do Mato Grosso. O valor a ser pago pelo estado é de R$ 820 milhões e os vagões serão usados no VLT do Subúrbio, segundo a estimativa do governo.
Tinoco, contudo, questiona a funcionalidade dos equipamentos. “Os trens foram adquiridos em 2012 para serem utilizados no Mato Grosso e, desde então, estão parados. Quando forem colocados em funcionamento, se cumprirem o prazo de conclusão da obra, os trens estarão com 15 anos, o que significa metade de sua vida útil já vencida”, afirmou.
Segundo Tinoco, não há do governo do estado um estudo que mostre que os trens estão em bom estado de uso. Além disso, o vereador afirma que não há nenhuma garantia de que a gestão petista vai cumprir o prazo previsto de três anos para a conclusão das obras do VLT, em virtude do histórico das obras inacabadas do governo do estado. Tinoco questionou se, de fato, a transação foi um bom negócio para o estado.
“Eles descumpriram sucessivos prazos. E repetem o erro do primeiro projeto, quando mudaram o modal para um Monotrilho, que deveria ter ficado pronto há anos, e até hoje nada. Ou seja, se houver atraso na conclusão do projeto, esses trens ficarão ainda mais tempo parados, podendo entrar em funcionamento com mais da metade da vida útil já ultrapassada. De fato, isso não foi um bom negócio pra Bahia e vamos pagar essa conta futuramente”, afirmou.
Enquanto a Bahia compra trens antigos e parados há 12 anos, o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas anunciou hoje o recebimento de trens novos produzidos pela BYD. “O governo da Bahia mostra incompetência e despreparo. Deveria ter planejado melhor o VLT, comprado novos trens, mas a transação feita só resolve o problema do Mato Grosso e oferece trens velhos para o povo do Subúrbio”, argumenta Tinoco.