Doença foi verificada por laboratório privado e depois confirmada por exames do laboratório oficial do Ministério da Agricultura
O ano de 2021 mal começou e o estado do Tocantins registra dois casos de mormo em cavalos. O mais recente foi confirmado na sexta-feira, 15, quando a Agência de Defesa Agropecuária (Adapec) recebeu o resultado do exame comprovatório feito pelo laboratório oficial do Ministério da Agricultura (Lanagro), que usa o método Western Blotting.
De acordo com a responsável pelo Programa Estadual de Sanidade dos Equídeos (Pese) da Adapec, Isadora Mello Cardoso, no dia 7 de dezembro, um produtor do município de Taguatinga solicitou a um medico veterinário da iniciativa privada que realizasse a coleta de soro do seu animal para realizar um exame de mormo.
O teste foi realizado no dia 17 de dezembro de 2020, por um laboratório credenciado pelo ministério, que usou o método Elisa de triagem. Após a amostra confirmar positiva nesse teste, o laboratório comunicou a Adapec, no dia 18 de dezembro, da suspeita de mormo.
Instrução normativa do governo determina que havendo resultado diferente de negativo em um animal, o laboratório deve encaminhar o resultado final, os relatórios de ensaios e requisições de todos os animais testados ao Lanagro. O laboratório oficial investigou a amostra utilizando o método Western Blotting, que é o teste complementar confirmatório preconizado pelo governo, e confirmou o caso.
O que é feito em caso de positivo para mormo?
A propriedade rural foi interditada pela Adapec, que orientará o processo de eutanásia do animal e a posterior destruição da carcaça. Além disso, outros cavalos da fazenda também serão testados. O histórico de movimentação do animal contaminado também será avaliado para identificar de que animal esse cavalo pode ter pego a doença e para quais pode ter passado.
A agência já orientou o proprietário sobre as medidas a serem adotadas para descontaminação do ambiente e notificará a ocorrência de mormo às autoridades locais de saúde pública para tomar as providências, uma vez que se trata de uma zoonose, doença que pode ser transmitida para humanos.
A Adapec alerta que não existe vacina ou tratamento para o mormo, por isso, o produtor rural deve realizar os exames regularmente, já que a validade é de 60 dias, exigi-los ao comprar um animal e evitar que ele tenha contato direto com outros.
“Caso um equídeo esteja infectado o produtor rural deve isolá-lo e comunicar imediatamente a Adapec. No manuseio deve ter cuidado redobrado, pois a doença pode ser transmitida ao homem, o recomendado é utilizar luvas e máscaras, e evitar ao máximo que ele tenha contato com outros animais e humanos”, informa.
A Adapec está à disposição nas suas unidades em todo o estado e disponibiliza ainda o 0800 063 11 22, de segunda-feira a sexta-feira, das 8h às 14h, para que os interessados tirem suas dúvidas e também denunciem trânsito clandestino de animais.
Fonte:Canal Rural / Foto:Divulgação