A transmissão da partida entre Bahia e Grêmio, nesta quarta-feira (16), virou alvo de polêmica entre a massa tricolor. O triunfo do Esquadrão sobre os gaúchos, dentro da Arena Grêmio, de nada serviu para acalmar os ânimos da torcida do Bahia. Muitas foram as criticas contra os narradores e comentaristas do Premiere, acusados de parcialidade durante a transmissão.
Em um áudio divulgado pelo Whats App, o cantor, compositor e torcedor confesso da equipe baiana, Luiz Caldas não aliviou contra o narrador Daniel Pereira: “”Eu estou assistindo aqui e seus colegas da imprensa estão sendo parciais demais, o pessoal do Premiere. Eu assistindo Bahia e Grêmio, o Bahia jogando de igual para igual, rapaz. É um time que merece respeito, é bicampeão brasileiro, cara. E de repente você vê um narrador altamente torcedor do Grêmio, entendeu? Quando o Bahia pegava na bola, ele desfazia até dos próprios jogadores que são profissionais também. Eu acho que você que tem o contato com eles dê um toquezinho para que sejam mais imparciais. Precisou um jogador [ex-jogador Pedrinho era o comentarista] que está lá junto com ele… No pênalti mesmo, o narrador estava duvidando que era pênalti. “Não, não vi nada nisso aí”. Poxa! Se quererem ser profissionais que respeitem os outros estados também. Não é só o futebol do sul não”, criticou.
“Avise a eles que a torcida do Bahia é gigante. Tem muitos artistas que tem o poder de palavra. Eu não quero criar nenhuma briga com o canal, de forma nenhuma. Só que o canal é pago, se ele é pago tem que respeitar os assinantes”, completou Luiz Caldas.
Nas redes sociais multiplicaram-se comentários similares ao do cantor. DJ Nenga, também adepto das arquibancadas da Fonte Nova, fez coro às críticas: “Simplesmente um absurdo o que os repórteres do sul fazem contra o Nordeste. Ontem, principalmente, contra o Bahia que está jogando um futebol fino, no comando de Roger Machado. O jogo de ontem foi de igual para igual e eles dizendo que o Grêmio estava perdendo muito gol. Isso não é verdade. O Bahia estava se defendendo muito bem e atacando também. O pênalti foi muito pênalti. Não precisava de VAR. Vamos falar para esse pessoal do sul que sejam mais imparciais”.
O corretor de imóveis, Luciano Grave, explica que o racismo no futebol contra os times nordestinos, hoje representado por Bahia, CSA, Fortaleza e Ceará, é o mais gritante possível. “A imprensa sulista se pudesse começaria o jogo dando 3 a 0 pro time do sul contra o nordestino. Isso é fato. Ontem passou no Fox Sports o depoimento de cinco comentaristas, entre eles PVC, que é um grande entendedor de futebol, e Edmundo “Animal”, que é um animal mesmo. Edmundo disse que no mínimo o Grêmio daria 3 a 0 no Bahia. Nós vimos o que aconteceu…Isso não cabe mais. Se não fosse o VAR, o Bahia ia empatar o jogo ontem, pois mesmo com um pênalti gritante e absurdo, o narrador disse na hora que não foi nada. Precisou o narrador ver quatro ou cinco vezes e ainda ficou em dúvida”, explicou.
O professor Heraldo Boa Morte ressalta que exemplo do Bahia, que hoje figura entre sete primeiros colocados e na briga por uma vaga na Libertadores, deveria servir de exemplo para outros times do Nordeste, inclusive para rival: “ Tive uma grande ascensão na minha vida vendo pessoas como eu, de origem simples, alunos de escolas públicas chegando num ponto que eu achava que era impossível para pessoas oriundas da periferia. Esses exemplos me ajudaram muito. Desta forma, ver o Bahia lutando para conseguir uma vaga na libertadores deveria estimular outros times do Nordeste a também tentar. Aqui temos valores em diversas áreas, e no futebol não poderia ser diferente. Então, sugiro aos torcedores do vitória que, se não torcerem a favor, não fiquem fazendo corrente contrária. Se o Bahia conseguir esse feito, vai mostrar aos nossos co-irmãos que é possível ir mais além. Chega do eixo Rio-São. Precisamos fugir da República café com leite do futebol”.
Renato Gaúcho – Visivelmente chateado após ser derrota pelo Bahia, dentro da Arena Grêmio, o técnico da equipe, Renato Gaúcho, criticou a postura tática do tricolor baiano e discursou sobre o atual nível do futebol.
“Na minha época, era inadmissível jogar dessa forma. Hoje em dia, o futebol brasileiro está acabando. Cada um faz o que quer, mas minha equipe sempre vai jogar para frente, buscando a vitória”.
