Enfermeiro especialista em urgência e ex-socorrista do Serviço de Atendimento eMovel de Urgência (SAMU), o vereador suplente Alex Mine (DEM ) lembrou a passagem dos três anos da tragédia de Mar Grande. Ocorrida em agosto de 2017, a tragédia envolvendo uma embarcação que fazia a travessia Mar Grande-Salvador, deixou 19 mortos e 59 feridos. Na época subcoordenador de urgência e emergência do município, Mine recordou o acidente e lamenta a ausência de providências por parte dos órgãos competentes no sentido de prevenir um novo desastre.
“As lembranças ficam, principalmente das vítimas que perdemos. Não tem como não lembrar. Das que salvamos a gente acaba esquecendo, até porque o nosso dia a dia é mais de salvamento do que de perdas. Eu e Ivan Paiva que coordenamos a parte de resgate aqui em Salvador. Entretanto, providencia nenhuma foi tomada pelos órgãos responsáveis. Tudo continua do mesmo jeito: embarcações envelhecidas, falta de fiscalização nesse translado, dentre outros problemas”, ressalta”.
No entanto, Mine destaca a boa estrutura oferecida, sobretudo pela gestão no municipal no atendimento à acidentes dessa natureza.
“Salvador hoje está bem amparada no atendimento pré-hospitalar. O SAMU tem helicóptero, “ambulanchas”, “motolancia”, além de unidades tradicionais que todos conhecem. É uma equipe treinada e que tem um plano de ação bacana. Quando acontece uma catástrofe ou acidente, a depender do tamanho, é acionada a força necessária para aquele acidente. Dentro desse conjunto temos um bom bombeiro militar, a Transalvador, que dá o suporte, a Defesa Civil, a Guarda Municipal… Então, existe um conjunto de ações. Nesse caso especifico teve o envolvimento de todos e ainda um suporte muito intessante da Marinha”, explica.
“O que falta é um incentivo para o profissional. A gente precisa de um suporte, principalmente para os condutores. O salário tem muito anos que não tem um reajuste”, completa.
