Um ano após paralisação de trens do Subúrbio, Tinoco cobra andamento de obras do VLT: “é preciso colocar a Bahia no trilho”

Um ano após a paralisação dos trens do Subúrbio, o vereador Claudio Tinoco (Democratas) cobrou, nesta terça-feira (15), durante sessão ordinária da Câmara Municipal de Salvador, uma solução do governador Rui Costa para a paralisação das obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e a interrupção do funcionamento do trens do Subúrbio.

No dia 15 de fevereiro de 2021, o sistema de trens do Subúrbio parou de funcionar. A justificativa do governo para interrupção do serviço foi a realização de obras do VLT. No entanto, a obra está parada desde junho de 2021.

“Há um ano o governo do estado da Bahia suspendeu uma história de 160 anos de serviços que foram prestados à população baiana com uma promessa de construir um VLT. Segundo o governo, nós teriamos uma nova ligação ferroviária entre a Calçada, em Salvador, e Mapele, em Simões Filho. Passados 12 meses, a obra se encontra abandonada, paralisada desde junho de 2021, com problemas de financiamento. E quem mais sofre é a população mais pobre da cidade de Salvador, a população do Subúrbio”, protestou Tinoco.

Tinoco destacou em sua fala a notícia de um veículo de comunicação que informou a intenção do governo de encerrar o contrato da construção do VLT após pedido de reajuste de mais de R$ 1,5 bilhão.

“A caixa-preta do governo Rui Costa, que continua inacessível, não explica a situação de cerca de 14 mil pessoas que usavam os trens para locomoção diariamente. Eles pagavam 50 centavos para  se deslocar e tiveram que pagar 800% a mais nos ônibus. Sem falar que desde 2013, quando o governo do estado assumiu a operação dos trens, o sucateamento dos trens foi intensificado, inclusive com a retirada de trens com ar condicionado”, lembrou Tinoco que convocou uma audiência pública conjunta entre os vereadores para que o governo explique o que será feito com o VLT na cidade de Salvador.

“É preciso colocar a Bahia no trilho. A Bahia, que saiu do trilho, está canibalizando os trens”, finalizou Tinoco.