Unidade de beneficiamento de frutas profissionaliza produção de polpas de frutas de agricultores familiares no Baixo Sul da Bahia

Após um ano de inauguração, a unidade polivalente de beneficiamento de frutas da Associação de Desenvolvimento Sustentável do Baixo Sul (Adebasul), localizada no município de Gandu, comemora a profissionalização do beneficiamento de polpas. Atualmente, são produzidos e comercializados 30 mil quilos de polpas de frutas por mês e, por lá, são gerados 23 empregos diretos e são beneficiados cerca de 100 agricultores e agricultoras da região.   

A ação é resultado do investimento realizado pelo Governo do Estado, por meio do projeto da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), Bahia Produtiva. Foram destinados recursos da ordem de R$ 2 milhões para a requalificação da agroindústria e aquisição de equipamentos como duas câmaras-frias que suportam uma capacidade instalada de 300 toneladas de polpas, entre outras ações. 

O presidente da Adebasul, Jeronias Libânio, conta que o trabalho com polpas de frutas teve início há oito anos com apenas três sabores, mas não tinha registro e normas técnicas, nem infraestrutura adequada. “Foi a partir do apoio da CAR/Bahia Produtiva que iniciamos um novo cenário. Agora, temos tudo organizado e 18 sabores de polpas. Os nossos agricultores ficavam à mercê de atravessadores, entregavam o cupuaçu a R$ 0,60 centavos, por exemplo, na alta produção. Na associação, pagamos em média R$ 1,70 e garantimos o preço o ano todo”.  

As polpas de 100 gramas e de 1 quilo da Adebasul são comercializadas em estabelecimentos da região, para alimentação escolar estadual e municipal, exército, marinha, aeronáutica, clientes privados e em municípios como Nova Viçosa, Eunápolis e Vitória da Conquista. Em Salvador, as polpas são vendidas no Empório da Agricultura Familiar, no Mercado do Rio Vermelho, em sabores como umbu, cupuaçu, caju, acerola, manga, abacaxi, açaí, cacau, mangaba e maracujá.  

A Adebasul trabalha também com massa de aipim, aipim palito e coco ralado. “A gente não tinha cultura de produzir aipim. Mas, hoje, com a unidade de beneficiamento, já temos uma demanda grande de aipim e pegamos aipim de agricultores desde Ibirapitanga até Santo Antônio de Jesus, e também frutas. Muitos tiram sua renda apenas dessa produção que vem para a Adebasul”, explica Jeronias. A associação conta com 200 associados, que possuem uma renda média de R$ 2.500,00 mensal.  

O Bahia Produtiva é um projeto executado pela CAR, empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), com cofinanciamento do Banco Mundial.