Tema faz parte das discussões do Plano Municipal de Cultura de Salvador
Registros de vereadores contra e a favor da inclusão, ou não, do termo cultura LGBT no Plano Municipal de Cultura de Salvador marcaram a 48ª Sessão Ordinária da 19ª Legislatura, na tarde desta quarta-feira (1º). Os trabalhos foram conduzidos pelo presidente da Casa, vereador Geraldo Júnior (MDB).
No entendimento da vereadora Cátia Rodrigues (DEM), integrante da bancada evangélica, não cabe tratar LGBT como cultura. Ela observou que não é contra a comunidade LGBT e defendeu emendas da sua bancada para a aprovação do Projeto de Lei nº 208/21 que institui o Plano Municipal de Cultura de Salvador.
A vereadora Débora Santana (Avante) também afirmou que LGBT não é cultura. “Não entendo LGBT como cultura e sim como orientação sexual”, destacou.
O vereador Ricardo Almeida (PSC) ampliou o debate afirmando que “estamos vivendo tempos difíceis” porque a Constituição não está sendo respeitada. Ele frisou que existe interpretação equivocada com relação à Bíblia e, notadamente, a fé de cada um. O vereador Anderson Ninho (PDT) se associou às palavras do colega.
A vereadora Laina Crisóstomo (PSOL), integrante do mandato coletivo Pretas por Salvador, fez uma defesa emocionada da comunidade LGBTQI+. Ela falou do preconceito da sociedade e dos traumas acumulados por assumir uma opção sexual diferenciada. O vereador Sílvio Humberto (PSB) defendeu a comunidade LGBT dentro do Plano Municipal de Cultura.
O vereador Luiz Carlos Suíca (PT) relacionou a cultura LGBT às passeatas gays que ocorrem em muitas cidades do Brasil. O colega Átila do Congo (Patriota) defendeu a colega Laina Crisóstomo e lamentou que “o país seja preconceituoso em relação à comunidade LGBT”.
Outros temas
O vereador Leandro Guerrilha (PL) destacou a ampliação dos locais de vacinação contra a Covid-19. Já Augusto Vasconcelos (PCdoB) comemorou os 32 anos do jornal diário O Bancário, do sindicato da categoria.
O vereador Sandro Bahiense (Patriota) registrou, com pesar, a morte por Covid-19 do sargento PM José Roberto Cardoso. Outra morte sentida foi a do cantor e compositor Paulinho Camafeu, lamentada pela vereadora Marta Rodrigues (PT).
A vereadora Maria Marighella (PT) destacou a passagem do Dia Internacional de Luta Contra a Aids (1º de dezembro). Já Maurício Trindade (MDB) criticou a Secretaria Municipal de Saúde, acrescentando que “a culpa não era do secretário Léo Prates”, mas, sim, de quem não cumpre as suas ordens.