O presidente Jair Bolsonaro atacou jornalistas nesta manhã de sexta-feira (20), na porta do Palácio da Alvorada, ao ser indagado sobre as investigações de “rachadinha” no gabinete de seu filho Flávio quando este era deputado estadual, cargo que ocupou entre 2003 e 2018. Durante a entrevista, o presidente afirmou que o ex-assessor Fabrício Queiroz, suspeito de articular o esquema de “rachadinha”, deveria ser responsabilizado se tiver cometido algum “deslize”. Questionado pelo repórter do GLOBO sobre o que deve acontecer com Flávio se o senador também tiver cometido um deslize, respondeu:
— Você tem uma cara de homossexual terrível. Nem por isso eu te acuso de ser homossexual. Se bem que não é crime ser homossexual. Você fala “se”, “se”, “se” o tempo todo.
MP: Flávio Bolsonaro movimentou R$ 2,2 milhões em imóveis e loja de chocolate
De acordo com Bolsonaro, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) faz um “trabalho porco” e a imprensa só vê “um lado” da investigação.
Em outro momento da entrevista, o presidente não quis responder se tem algum comprovante do empréstimo de R$ 40 mil que diz ter feito a Fabrício Queiroz. No ano passado, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) identificou, em uma relatório sobre movimentações atípicas do ex-assessor, que ele repassou cheques de R$ 24 mil para a primeira-dama, Michelle Bolsonaro. O presidente alegou desde o início que Queiroz estava devolvendo um empréstimo. As informações são de O Globo.