Hexacampeão da F-1, o inglês Lewis Hamilton usou seu perfil no Instagram nesta sexta (29) para protestar contra a violência de policiais americanos contra pessoas negras. “Vocês são uma desgraça”, comentou ele, ao postar vídeo em que pessoas são agredidas por oficiais.
O motivo da manifestação do piloto foi a morte de George Floyd, 46, que detonou uma onda de protestos nos Estados Unidos, especialmente em Minneapolis, onde aconteceu o crime. Negro, Floyd foi preso na última segunda-feira (25), acusado pelo funcionário de uma mercearia de tentar pagar compras com uma nota falsa de US$ 20.
Quatro policiais participaram da operação. Um deles, Derek Chauvin, 44, ficou ajoelhado no pescoço de Floyd por 8 minutos e 46 segundos. De acordo com a acusação contra o oficial, nos 2 minutos e 53 segundos finais, o acusado não respondia mais. Ele morreu em seguida.
Chauvin foi preso e será acusado de homicídio culposo (sem intenção de matar) e assassinato em terceiro grau (quando há atitude irresponsável ou imprudente). Os outros três policiais ainda são investigados.
Lewis Hamilton ainda postou uma capa da revista Time em que um jovem negro é perseguido por policiais.
A morte de Floyd na abordagem feita por policiais brancos causou revolta também em outros esportistas.
A frase “I can’t breathe” (eu não consigo respirar, em inglês) estava estampada em camiseta postada pelo astro do basquete LeBron James nas redes sociais. Ela foi dita por Floyd enquanto era imobilizado por Chauvin.
Ele já havia postado duas fotografias, uma ao lado da outra. A primeira era a do policial prendendo Floyd e a outra do quarterback Colin Kaepernick, da NFL, ajoelhado em protesto durante a execução do hino americano.
“Você entende agora ou ainda é confuso para você?”, questionou LeBron.
“George foi assassinado. George não era humano para aquele policial que vagarosamente e de propósito tirou a vida dele”, protestou Stephen Curry, também da NBA, no Instagram, ao reproduzir a imagem do oficial ajoelhado sobre o pescoço da vítima.
O caso abalou especialmente Stephen Jackson, jogador de basquete que atuou na NBA e foi campeão com o San Antonio Spurs em 2003. Ele cresceu com Floyd em Houston, no Texas, e era amigo da vítima.
“Assistir meu amigo ser morto me destruiu. Não sou mais o mesmo depois que vi aquilo pela TV”, disse.
Empresas de material esportivo também se manifestaram. A Nike divulgou vídeo em que, entre outras coisas, pede que as pessoas não virem as costas ao racismo.
Folhapress